Livros da Eloísa Cartonera
Aleposta | CC BY-SA 3.0 | Via Wikimedia Commons
Surgido na Argentina após a crise econômica do início dos anos 2000, o movimento editorial Cartonero deriva seu nome dos cartoneros, pessoas que reciclam papelão para viver.
O movimento Cartonero logo se espalhou por toda a América Latina, focando em edições artesanais com capas feitas de papelão reutilizado.
O crítico literário John Beverley vê seu desenvolvimento como uma "prática militante" e uma “nova forma coletiva de ‘fazer’ literatura.”
Os livros Cartoneros são geralmente produzidos em oficinas, onde os participantes criam as capas e os encadernam.
Como as capas são feitas à mão individualmente, não existe uma capa idêntica à outra.
Membros do Grupo Caramandunga
ValverdeOrbegozo | CC0 | Via Wikimedia Commons
Livros da Eloísa Cartonera
Aleposta | CC BY-SA 3.0 | Via Wikimedia Commons
Editoras Cartoneras não visam o lucro e demonstram uma mentalidade ecológica e de comércio justo. Elas compram papelão dos catadores, que também podem estar envolvidos na confecção dos livros.
Os livros são vendidos a preços baixos nas ruas ou em feiras, raramente em livrarias. Como as editoras Cartoneras existem de forma independente de qualquer conglomerado editorial, sua distribuição além de mercados de nicho é bastante limitada.
Além da produção coletiva e preços acessíveis, as editoras Cartoneras praticam a inclusão social dando voz a autores e artistas marginalizados que estão fora dos meios de comunicação convencionais.
Algumas editoras realizam projetos de escrita em penitenciárias e centros de reabilitação.